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7 Dicas para uma Cozinha Ecológica

Dicas para a sua casa
7 Dicas para uma Cozinha Ecológica

Quando pensamos numa cozinha ecológica a primeira coisa que nos vem à cabeça é alterar todos os produtos que temos, por outros mais sustentáveis. 

Contudo, termos uma casa mais amiga do ambiente, não é só optar por produtos mais sustentáveis e sim mudar alguns dos nossos hábitos.

A cozinha é o sítio onde todos precisamos de melhorar, desde as embalagens dos alimentos até ao desperdício alimentar, tudo tem um custo para o nosso planeta. Por isso, é tão importante termos consciência dos aspetos que precisamos de melhorar (não só na cozinha, mas já é um ótimo começo) para que possamos viver de forma mais equilibrada com a natureza.  

Neste artigo vamos abordar os seguintes tópicos: 

  1. Poupem água 
  2. Apostem em utensílios de longa duração 
  3. Cuidado com o desperdício 
  4. Reduzam a quantidade de embalagens 
  5. Escolham aparelhos com boa eficiência energética 
  6. Optem por detergentes naturais 
  7. Sigam páginas que vos inspiram 

1. Poupem água

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Segundo a World Resouces Institute, o nosso país é um dos que está em risco extremo de escassez de água até 2040. Contudo, com as notícias atuais sabemos que este acontecimento está mais próximo do que pensávamos e que é urgente que se tome medidas. 

Por vezes, pode parecer que poupar água em casa não vai ajudar, contudo já imaginaram se todos pensarmos ao contrário? Se todos pensarmos que poupar água em casa vai ajudar o planeta, conseguem imaginar os litros que conseguiríamos salvar mensalmente? 

Mas, como é que o podem fazer? 

1º Utilizar torneiras com redutor de caudal 

Colocar um redutor de caudal na vossa torneira, ajuda e muito, na redução do consumo de água. Para além de poderem colocar na cozinha, podem também colocar no chuveiro, apenas certifiquem-se de que são compatíveis. 

Segundo a Deco Proteste, para ver qual o melhor que se adequa à vossa situação, primeiro devem avaliar o seu caudal da torneira.  

E como é que isso se faz? 

  1. Encham um recipiente de 1Litro e contem o tempo que demora a encher (podem usar o cronómetro do telemóvel). 
  2. Depois dividam esse valor por 60 e obtém o valor, de quantos litros de água gasta por minuto. 

Depois, contactem a entidade gestora, para saberem a pressão da água na saída das torneiras. Podem encontrar o número para ligarem, na fatura da água. 

Dica da Deco Proteste: 

“A pressão da água na torneira deve ser no mínimo de 3 bar, o que corresponde a 30 metros de coluna de água (m.c.a.), para não comprometer o funcionamento do esquentador ou da caldeira. Depois de descobrir a pressão da água à entrada de casa, desconte 7 m.c.a. Em moradias com vários pisos, subtraia ainda 3 m.c.a. por piso. Por exemplo, para uma pressão de 40 m.c.a. à entrada de uma moradia de dois pisos, a pressão a considerar no andar superior será de 40 – 7 – 3 = 30 m.c.a. Na etiqueta dos redutores de caudal, a pressão será indicada em bar (por exemplo, 30 m.c.a correspondem a 3 bar e 20 m.c.a correspondem a 2 bar).” 

Despois quando for escolher o seu redutor de caudal, tenha em atenção aos valores que obteve (pressão de água indicada em bar e o caudal de água l/m.) 

2º Aproveitar a água fria do duche 

Estão a ver aquele momento em que estamos com a torneira aberta à espera que a água aqueça? Nesses segundos, estamos a desperdiçar imensa água! Por que não, armazená-la num recipiente e depois utilizar, para o autoclismo, regar plantas, lavar a loiça à mão, regar a horta ou jardim, cozinhar, encher a tacinha dos amigos de 4 patas. Água é vida não a podemos desperdiçar! 

E já que estamos a falar de duche, não se esqueçam de diminuir o vosso tempo com a torneira aberta. Sabemos que sabe muito bem estarmos com a água quente nas costas a relaxar, mas quem fica cada vez mais aflito, sempre que fazemos isso é o nosso planeta e a carteira. 

Usem o truque da música. Façam a vossa própria playlist, com músicas entre 2 a 3 minutos e escutem-nas enquanto estão a lavar-se. 

O Ikea tem uma playlist criada especialmente para este momento, chamada de Duche em 3 tempos. É uma ideia muito gira e útil. Se a quiserem ver, cliquem aqui!

3º Aproveitar a água de cozer alimentos 

E se vos disséssemos que podem reaproveitar a água da cozedura de alimentos, para fazerem outros pratos?  

Por exemplo, quando cozem leguminosas e legumes, podem guardar a água de cozedura para fazer caldos, sopas ou outros cozinhados. 

Mais dicas! 

  • Quando cozinharem batatas, cenouras ou outros legumes, podem guardar a água para deixar as leguminosas de molho; 
  • Podem fazer Aquafaba com a água proveniente do cozimento de leguminosas (grão-de-bico, ervilhas, feijão, lentilhas etc.) Ela é rica em proteínas, vitaminas e minerais e é usada como substituta à clara do ovo. 
  • Podem regar algumas plantas 

4º Não descartem óleo de cozinha na pia! 

Infelizmente, em Portugal, muitas pessoas ainda deitam o óleo pelo ralo! O mesmo vai parar à rede de esgotos e tem um enorme impacto ambiental. 

Segundo a GreenSavers, a gordura fica retida nos filtros, o que dificulta o tratamento das águas. Para além disso, o óleo pode danificar os canos e aumentar o aparecimento de pragas! Sabiam disto? 

O importante é reduzirmos a quantidade de óleos e gorduras e nunca deitar para a canalizada. Contudo, caso usem, guardem o óleo utilizado numa garrafa que tenham em casa e depois coloquem num oleão. 

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Clique aqui, para ver no site do Ecomovimento, o mapa dos oleões! 

2. Apostem em utensílios de cozinha de longa duração 

Esta dica pode ser aplicada a qualquer uma parte da nossa casa, contudo, é na cozinha onde utilizamos grande parte de artigos que possuem plástico e nem nos apercebemos. 

Por isso, apostem em qualidade e durabilidade e não em quantidade. O ideal é apostar em produtos que só precisamos de comprar uma única vez, mas existem exceções. Nestes casos, questionem-se primeiro “como é que posso é que é descartado este produto no seu final de vida? É biodegradável ou compostável? Vai ter impacto ambiental?” 

Comprar de forma consciente é questionar o convencional e analisar a qualidade vs impacto ambiental. 

Dito isto, não pensem em mudar tudo na vossa cozinha por coisas mais sustentáveis. Se ainda têm, por exemplo, aquelas esponjas amarelas de lavar a loiça, utilizem até ao fim e só depois comecem a optar por alternativas sustentáveis. Não é sustentável deitarmos fora coisas que ainda estão boas para usar porque, naquele produto, por mais perigoso que seja para o planeta, foram gastos recursos preciosos. 

Algumas alternativas sustentáveis que temos no nosso site: 

  • Escova para a Loiça com cabo de madeira 
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Esta é uma das nossas escovas preferidas para lavar a loiça, porque pode utilizar sempre o mesmo cabo e depois só precisa de trocar a parte das cerdas! Para além de que dá muito jeito para lavar a loiça. 

E não se preocupem, que a mesma é vegana! As suas cerdas são feitas de fibras vegetais naturais (tampico). Uma pergunta que fazem muito, é se risca as frigideiras antiaderentes e a resposta é, não! Elas são rijas para tirar a sujidade, mas não o suficiente para riscar as frigideiras e panelas. 

  • Esponja Luffa de Alcobaça 
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Esta é uma solução natural para substituírem a esponja da loiça, mas não subestimem a nossa querida Luffa. Esta pode ser usada para esfoliar o corpo, como saboneteira, fazer as limpezas da casa, ou seja, é um produto multiusos, como nós gostamos! Para isso, basta cortarem-na no tamanho que pretendem, e com apenas 1 produto, conseguem fazer imensa coisa. 

Esta Luffa é produzida em Portugal e, por isso, temos um carinho especial por ela. Quando nos contactaram a perguntar se estaríamos interessados em ter na nossa loja, ficámos muito felizes. Até à data só tínhamos visto esta planta a ser produzida em maior escala, no Brasil, por exemplo. Desta forma, conseguimos diminuir a pegada de carbono deste produto, para além de estarmos a apoiar um projeto nacional. 

  • Esponjas de Limpeza Compostáveis 
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Estas esponjas já conquistaram muitos corações, inclusive, os nossos. Estas esponjas podem ser usadas para todas as superfícies e o seu tecido é antibacteriano, porque tem uma capacidade de secagem muito rápida. 

As mesmas são feitas de polpa de madeira e algodão, e o melhor, é que se fizerem compostagem em casa, podem colocar no vosso compostor doméstico. Poderá demorar entre 6 a 8 semanas para se desfazerem por completo. Caso contrário, podem colocar no lixo indiferenciado porque vão acabar por se biodegradar por completo. 

Falámos muito por aqui sobre, compostar e biodegradar. Se ainda tiverem dúvidas sobre estes conceitos, recomendamos a leitura do nosso artigo do blog Diferenças entre Biodegradável, Degradável e Compostável. 

3. Cuidado com o desperdício!

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Qual é a primeira coisa que se lembram quando pensam em desperdício na cozinha? A mim vem logo à cabeça o desperdício alimentar.  

Segundo o jornal Observador, 10% das emissões de gases com efeito de estufa provêm deste desperdício. Já imaginaram se todos conseguíssemos diminuir a quantidade de comida que deitamos para o lixo? Para além disso, deitar comida para o lixo enquanto do outro lado do mundo há quem não tenha o que comer, é uma falta de noção e amor pelo outro. A comida não nasce nos supermercados. Todos os dias são gastos inúmeros recursos, para podermos ter uma alimentação, e por isso, a nossa forma de agradecimento deveria evitar o seu desperdício. 

O que podem fazer? 

  1. Sempre que forem ao supermercado, optem por levar produtos que tenham uma validade mais baixa. Mas atenção! Levem, tendo em . . atenção que os vão consumir nos próximos dias.   
  2. Guardem as sobras do almoço e do jantar. É uma maneira de evitar cozinhar mais refeições e evitar o desperdício. Se virem que sobrou muito do jantar, porque não partilhar? Assim, também evitam que se estrague no frigorifico.
     
  3. Sempre que tenham produtos que estão quase a passar a validade e sabem que não os vão consumir, doem. Podem dar a um familiar, amigo ou a alguém que sabem que passa por dificuldades financeiras.  
  4. Guardem resíduos orgânicos para a compostagem. Caso não o façam ou não tenham espaço para o fazer, podem sempre procurar na vossa zona de residência projetos que estejam a receber resíduos orgânicos. Neste momento temos conhecimento, do projeto Orgânico (Porto) e do Composto tem+ Valor (Setúbal).   
  5. Reaproveitem as cascas, sementes e talos para cozinhados! Aconselhamos muito que vejam a conta de Instagram da Blog da Spice. Ela dá dicas muito boas para reaproveitarmos todos esses pequenos desperdícios, que aparentemente parecem não ter uso, mas que dão pratos muito bons. 

4. Reduzam a quantidade de embalagens 

O ideal seria comprar sempre a granel, contudo, sabemos que ainda há muita gente que não tem acesso a este tipo de lojas.  

Infelizmente, estas lojas ainda estão muito centradas nas grandes cidades, apesar de começarem, aos poucos, a aparecer na periferia das mesmas. 

Por isso, se ainda não têm a oportunidade de ir a uma loja a granel, tentem trazer o mínimo de embalagens possível. Por exemplo, se costumam comprar pacotes de bolachas, evitem comprar aqueles packs que traz doses individuais e optem por levar o familiar. Desta forma, se quiserem levá-las para o trabalho, por exemplo, podem tirar a quantidade que querem e levar num Snack na Go ou num recipiente que tenham em casa.  

Se ainda consomem carne ou peixe, levem recipientes de casa e entreguem ao talhante. Já olharam para o vosso congelador e viram a quantidade de plástico que lá têm? É assustador! Se começarem a fazer isto, vão começar a ver a quantidade de lixo a diminuir. 

Se comprarem produtos em frascos de vidro, não os deitem fora! Podem sempre reutilizar para alguma coisa. Os frascos de leguminosas são muito bons para armazenar produtos a granel, as garrafas de polpa de tomate dão boas garrafas para transportar água ou sumos, garrafas de vinho podem ser usados como jarros para flores ou para velas. Podemos fazer coisas muito giras e ainda poupar dinheiro!’ 

Estas dicas, podem parecer simples, mas fazem muita diferença. Cada vez que vamos às compras temos de pensar no depois. Quando aquele produto acabar para onde vai? Há um produto parecido com uma embalagem melhor? Será que consigo reutilizar esta embalagem? Pesquisem, questionem-se e só assim vão achar uma forma de diminuir o número de embalagens que levam para casa. 

5. Escolham aparelhos com boa Eficiência Energética 

Sabiam que podem, podem poupar muito dinheiro, água e energia, ao fim do mês ao escolherem aparelhos com grande eficiência energética?

Sempre que precisarem de comprar um eletrodoméstico, olhem para o Rótulo de Energia da UE.

Segundo o site Compara já, atualmente a escala energética tem 7 classes que vão da A (mais eficiente) à G (menos eficiente). Antigamente a classe A estava dividida em 4 categorias, só que isso induzia a erro.

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Por exemplo, ao olharmos para essa escala, pensamos que se comprarmos o aparelho de classe A, já estamos com um produto de boa eficiência energética, contudo, não é bem assim. A diferença do A para o A+++ pode ser abismal. Um produto A+++ pode consumir até menos 30% de energia que o de classe A, ou menos 60%, no caso dos aparelhos de refrigeração. E por isso, houve a necessidade de atualizar o rótulo de energia. 

Desta forma, já não somos induzidos a erro. O que antes era classificado como classe A agora está na Categoria D, o que é realmente uma grande diferença de eficiência energética. 

6. Optem por detergentes naturais

Sabem aquele detergente da loiça que compram no supermercado? Pois bem, também fazem parte da enorme lista de produtos que poluem os nossos cursos de água e prejudicam a vida animal. 

Quando usamos produtos de limpeza ou de uso pessoal com ingredientes tóxicos, uma grande parte deles vai pelo ralo, até ao sistema de esgotos, estações de tratamento de águas residuais e sobretudo para os rios, lagos e oceanos. 

De acordo com a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, a maioria dos produtos de limpeza têm na sua composição compostos orgânicos voláteis (COV), que são super tóxicos para o ambiente. Como principais COV temos o fósforo, nitrogénio e a amónia. 

Para terem uma ideia, os detergentes que usamos para lavar a loiça possuem na sua fórmula cerca de 30 a 40% de fósforo! O que é uma percentagem surpreendente, tendo em conta os vários estudos que comprovam os vários malefícios do fósforo nos nossos cursos de água. 

Já no que diz respeito à amónia, esta é encontrada principalmente em produtos multiuso, que prometem desengordurar e ao mesmo tempo remover substâncias alergénicas, enquanto o nitrogénio é característico de produtos de limpeza de superfícies e vidros. 

Dica:

Apostem em produtos naturais, de origem vegetal e orgânicos! 

Esta dica tanto vale para produtos de limpeza como de higiene. Agora que sabemos os principais malefícios dos produtos que muitas vezes trazemos para casa, já podemos escolher de forma consciente e saudável. 

Aconselhamos a leitura do nosso artigo do blog  Detergentes Naturais: Como Usar? [ Guia Completo ] 

 7. Sigam páginas que vos inspiram! 

Cada vez mais, estão a aparecer projetos e páginas portuguesas e internacionais, que nos ajudam a reduzir o desperdício. O que é muito bom, pois só em comunidade é que conseguimos prosperar. Se todos nos ajudarmos, conseguimos ver a mudança que queremos ver no mundo. 

Todos temos maneiras diferentes de começar este caminho, por um planeta mais saudável, e, por isso, é tão importante partilharmos com os outros o que estamos a aprender. Quem sabe, se não somos nós a inspirar alguém? Foi assim que a Mind The Trash e acreditamos que vocês conseguem fazer o mesmo. 

Partilhem connosco no Instagram, algumas páginas que vos inspiram e que já vos ensinou muito, sobre esta jornada linda e ecológica.