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Para onde vai o nosso lixo?

Sustentabilidade
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Todos os dias produzimos lixo nas nossas casas e infelizmente, no nosso país, isso é uma realidade que tem vindo a aumentar cada vez mais.  

Produzimos muito lixo, não o reciclamos devidamente e colocamos no lixo indiferenciado resíduos que poderiam ter seguido para reciclagem ou para compostagem. Claro que não depende apenas de nós como cidadãos individuais, mas também da iniciativa de entidades competentes, darem e terem os meios necessários para que isto aconteça.  

Para explicarmos para onde vai o lixo que produzimos, temos  de referir a exportação e importação do lixo. Não é um assunto muito falado, mas é extremamente importante que todos nós tenhamos em mente que isto acontece!  

Neste artigo vamos falar do nosso lixo! Do desperdício que é feito em cada casa, mas também do que é feito no nosso país e no mundo. 

O lixo em Portugal  

Segundo o Jornal Público, a quantidade de desperdício que temos nas nossas casas tem vindo a aumentar. No ano de 2016, foram produzidas cerca de 4,89 milhões toneladas de lixo, enquanto em 2017 este valor aumentou para 5,07 milhões toneladas

Pensar que um país tão pequeno como o nosso está a produzir esta quantidade de lixo, é assustador! Para terem uma ideia, estes valores equivalem ao peso de 125 estátuas do Cristo – Rei, conseguem imaginar?  

Isto significa que num ano, cada um de nós produz 486kg e que por dia estamos a gerar cerca de 1,33kg de lixo. E é por isso que é tão importante consumirmos de forma consciente, porque, para atingirmos as metas para 2020, deveríamos de reduzir aproximadamente um quinto da quantidade de lixo que produzimos, em apenas 3 anos (2018, 2019 e 2020), o que não aconteceu. 

Mas o que é que mais deitamos para o lixo?

Para percebermos onde estamos a errar, é preciso também compreendermos o que mais deitamos para o caixote do lixo. Só assim é que poderemos tomar uma atitude e realmente diminuir o nosso desperdício. De acordo com o Jornal Público, 70% do nosso lixo é reciclável e quase 50,5% do total são resíduos urbanos biodegradáveis (RUB) juntamente com embalagens de cartão para alimentos líquidos. De uma forma simples, estamos a colocar no lixo indiferenciado, resíduos que podem ser reciclados misturador com resíduos que podem ser compostados.

Contudo, em algumas zonas do nosso país este tipo de resíduos já são recolhidos seletivamente para serem direcionados para centrais de tratamento mecânico e biológico, centrais de compostagem e centrais de digestão anaeróbia. Esta iniciativa já existe desde 2005 e foi implementada pelo Programa Mais Valor desenvolvido pela ValorSul – concessionária da EGF para a região de Lisboa (Norte). Neste momento temos 19 centrais de valorização orgânica a funcionar no nosso país, onde existe a separação das embalagens e contaminantes provenientes da recolha de lixo comum e de bioresíduos

No entanto, de acordo com o Relatório do Estado do Ambiente (REA), em 2018 o número deste tipo de resíduos aumentou para 4,94 milhões de toneladas, um aumento de 4,2% comparativamente ao ano de 2018, ou seja, a nossa produção de resíduos urbanos aumentou para 1,38kg por habitante. 

Aqui temos duas soluções. Ou começamos a reciclar mais e a separar corretamente os resíduos, ou então começamos a apostar ainda mais em produtos reutilizáveis. Nós somos apologistas de que a reciclagem deve ser a última coisa a fazer, no que diz respeito à forma como descartamos os produtos. É cada vez mais importante que se aposte em produtos que não são apenas para utilizarmos uma vez. Se não nos comprometemos a fazer a sua reciclagem, depois, mais vale optarmos por outra solução que evite que haja desperdício. É muito importante conhecermos os nossos hábitos, atitudes e estilo de vida. Se temos uma vida corrida, gostamos de beber café fora de casa antes do trabalho e pedimos para o levar, por exemplo, porque não preparar em casa o café e levar numa garrafa reutilizável ou então simplesmente levar a garrafa e pedir no café para encher? Porque é que temos de aceitar aquele copinho do café que em 4 segundos vamos deitar fora? Parece que um copo não tem muito impacto, mas já pararam para pensar na quantidade de copos de café poupariam por semana? E por mês? Este é um exemplo simples mas que podemos adaptar a muitos dos nossos hábitos e dos quais muitas vezes nem damos conta! 

Já no que diz respeito à reciclagem, está consciência é muito importante, mas nem sempre tudo o que é colocado nos contentores quer dizer que vá ser reciclado. Muitas vezes, são colocados produtos ou embalagens que não podem ser reciclados e acabam por ir para aterro. Em 2017, 32% do lixo colocado nos ecopontos foi diretamente para aterro. Esperamos que este número diminua, uma vez que a União Europeia pretende que em 2035 todos os países não coloquem mais do 10% dos resíduos urbanos no aterro. 

Desta forma, a incineração e o aterro são as opções a serem utilizadas em último caso. Por isso, é muito importante que as empresas comecem a apostar, cada vez mais, na economia circular e nós, enquanto indivíduos, comecemos a dar mais valor a produtos reutilizáveis. 

Se quiserem saber mais sobre a economia circular, cliquem aqui! 

Como funciona o aterro sanitário?

Falamos tanto em aterro sanitário, mas o que é e como funciona? Qual o seu impacto no planeta? Vamos explicar tudo, para que possam entender melhor o porquê de ser importante a redução de resíduos que vão lá parar! 

De acordo com a ValorSul, um aterro é o destino final de resíduos sólidos gerados pela atividade humana. Por isso, todo o desperdício que geramos nas nossas casas, se não puder ser reutilizado, compostado ou reparado, inevitavelmente vai parar ao aterro. 

Normalmente, a base do aterro possui um sistema de proteção ambiental impermeável e por um sistema de drenagem de lixiviados (líquidos gerados pela biodegradação de resíduos). Este sistema existe para que não haja contaminação do solo, e assim, estes líquidos podem ser tratados de forma correta. Para além disso, podem ainda conter uma rede de drenagem de biogás, que é libertado também durante a biodegradação. Este é depois encaminhado para valorização energética ou queima. 

E quando um aterro fica cheio? O que acontece?
 
Quando já não há possibilidade de se utilizar o mesmo, este é alvo de um processo muito rigoroso e é encerrado. Moradias e prédios não podem ser construídos nestas zonas, sendo que a maioria das vezes são transformados num espaço verde ou num parque de lazer. 

Caso tenham curiosidade em saber mais sobre os aterros no site da Valorsul, cliquem aqui! 

Exportação e importação de lixo

Reflexão

Ainda existe muita coisa em que podemos melhorar, não só individualmente, mas também como sociedade. Nem tudo depende das nossas mudanças, mas são as mesmas que nos permitem avançar passo a passo na mudança que queremos ver no mundo. O lixo que fazemos na nossa casa e o desperdício que temos diariamente, são a prova de que a forma como vivemos está a afetar o planeta inteiro, não só a nível ambiental, mas também a nível social e económico. 

Conteúdo selecionado para a campanha sobre sustentabilidade e vida saudável publicada no blog em Português da editora educativa Twinkl.